Por que usar Linux? Quem usa?

Conheça o Linux: o sistema mais robusto do mercado, usado até pela NASA.

Olá!

Seja Linux ou Windows… Que fatores são levados em consideração na hora de escolher um sistema operacional (SO) para desktop?
Custo? Desempenho? A segurança? A estabilidade? Facilidade de uso?
Neste artigo passaremos por interface gráfica, compatibilidade; bem como esses outros termos citados.

Vamos aqui fazer um pequeno resumo sobre esse SO, o Linux, para buscar deixar mais claro do quanto ele é importante, seja você uma pessoa comum, grande empresa, instituição, etc.

Quem usa o Linux?

Quem usa Linux?

🇺🇸 Organizações, instituições…

Órgãos do Estado norte-americano que utilizam o Linux tem-se a FAA e a NASA, dois casos.

A Wikipedia, a instituição dita ‘sem fins lucrativos’, é um terceiro exemplo.

🇺🇸 Empresas

Bolsa de Valores (NY).

O Linux também é utilizado por empresas e corporações, como o Google e o Facebook.

Linux e os vários países

🇫🇷 França: Parlamento.

🇯🇵 Japão: Trem-bala.

🇪🇸 Espanha: em Barcelona, anos atrás já estava previsto migrar seus sistemas para software livre, sendo o objetivo possuir total controle tecnológico sobre os sistemas.

Mesmo em Cuba, uma nação vista de forma diferente, também usa Linux.

Linux no Brasil: quem usa?

🇧🇷 Instituições/empresas no Brasil

Alguns exemplos.

Comércio/Varejista:
Casas Bahia, Colombo, Lojas Americanas (Pontos de Caixa), Renner…
Telecomunicações, Internet/Imprensa:
Brasil Telecom, Infraestrutura do Portal – Terra, Folha (infra-estrutura), UOL.
Produção Audiovisual Cultural e de Entretenimento:
Ministério da Cultura.
Pesquisa e Gerenciamento em Agropecuária:
Projeto de Gerenciamento Genético de Rebanho – Embrapa.
Educação:
Estácio de Sá (Graduação em Software Livre), Unicamp (TEleduc), UFPR, Rede municipal de SP, Rede municipal de Belo Horizonte.
Energia:
Furnas, Eletrobras.
Eletrodoméstico e Equipamento de Comunicação:
Digitro.
Indústria bélica:
e-mail – Exército, VPN-Marinha.
Bancos:
Banco do Brasil, Caixa Econômica, HSBC…
Logística/Transporte:
Varig, Metro SP, Gol…

TOP500

No ranking dos 500 supercomputadores o Linux é o sistema operacional que impera.

https://en.wikipedia.org/wiki/TOP500#Architecture_and_operating_systems

[Atualização] Desde 2017 todos são Linux.

Internet

A própria internet utiliza computadores centrais, os 13 servidores, em que o software principal é exatamente para sistema Linux. A pŕopria Google e a Microsoft utiliza o SO do pinguim.

Você usa Linux!

Se você usa um celular Android lembre que esse SO é uma adaptação do Linux, feita pela Google.

Mesmo que seu computador seja um desktop com Windows e você está acessando a Web, ainda sim estará indiretamente utilizando o Linux (por conta dos servidores que mencionamos).

Será uma conspiração!? Claro que não!

Linux vs Windows: motivos a considerar a escolha

Linux e Windows são os principais sistemas operacionais para desktops e notebooks.

Cita-se como fatores relevantes para se escolher entre um ou outro a “segurança, desempenho e custo”. [AMAN, 2018]

Linux vs Windows: diferenças?

GNU/Linux

É um sistema livre, não se precisa pagar pela licença e é um sistema de código fonte aberto.

Em si…
“o GNU/Linux não é uma empresa, não existe uma empresa responsável ou uma estrutura física. O que existe é uma comunidade, na qual os conhecimentos são compartilhados para quem quiser.” [AMAN, 2018]

O próprio SO foi criado por diversas pessoas de forma comunitária.

Microsoft Windows

“de propriedade privada, sua licença possui um valor”.
[AMAN, 2018]

Como mais acima, custo é só um dos pontos a se considerar, mas há outros.

“No Windows 10 a Microsoft, por padrão, colocou no sistema a obrigatoriedade das atualizações, porém o usuário não tem mais o poder de decidir quando vai atualizar, qual a melhor hora para atualizar, o sistema por si só atualiza e o usuário nem é consultado. O apoderamento de suas informações é feito de maneira automática, sem ao menos consultá-lo. Após coletadas, essas informações são enviadas à Microsoft e ficam armazenadas nos servidores. Observa-se a total falta de controle do usuário sobre o sistema. Não existe mais privacidade, controle sobre o sistema e segurança das informações.” [AMAN, 2018]

Ou seja, o sistema operacional Windows é um soft com único dono: a Microsoft. E sendo ela a proprietária do sistema, só ela pode atualizá-lo.

Linux / Windows : resumo:

	GNU/Linux	Windows
Licença	👍 Não se precisa pagar pela licença.	👎 possui um valor

Governo e Exército Brasileiro: caso de exemplo

A adoção do sistema livre GNU/Linux está ocorrendo de forma gradual, no Exército Brasileiro _e fatores considerados são:

reduzir despesas com aquisições de licenças,
depender menos de um só fornecedor,
restringir o crescimento do legado baseado em tecnologia proprietária,
possuir maior segurança, estabilidade e disponibilidade proporcionada pelo software livre,
desenvolvimento de conhecimento local,
independência tecnológica,
possibilidade de auditabilidade dos sistemas e
eliminação das mudanças periódicas que os modelos fechados impõem com a descontinuidade.

E motivos que levaram o governo a adotar o Software Livre estão no fato de se reduzir os custos com renovação de software, gerar o desenvolvimento do conhecimento na área, além de ampliar a concorrência.

“Para o Exército Brasileiro e para o governo brasileiro, o parque computacional deveria respeitar a questão da segurança, principalmente levar em consideração os princípios básicos da segurança, que consiste na confidencialidade, integridade e disponibilidade. A confidencialidade consiste em garantir que somente pessoas autorizadas tenham acesso aqueles documentos ou informações segundo o Diretor de TI da SAEB e fundador do portal GSTI, Fernando Palma. Isso pode ser feito através de controle de acesso, autenticações e etc. Para isso, o sistema operacional utilizado não pode conter backdoor.” [AMAN, 2018]
“O Exército adotou o plano de migração para software livre e dentre as inúmeras recomendações uma delas é a utilização do Ubuntu para os desktops, pois é desenvolvido com base no Debian, já alcançou certo grau de maturidade e é de fácil utilização.” [AMAN, 2018].

Segurança

O código fonte

É imprescindível. Uma das formas de medir a segurança de um software é analisar o código fonte com o intuito de descobrir possíveis falhas (até backdoors). Segundo Jansen Sena, “O código-fonte aberto pode realmente ser analisado por qualquer programador e este é o ponto forte do ponto de vista da segurança. Se muitos programadores têm acesso ao mesmo código, a probabilidade de se ter problemas de segurança deve ser menor.”(2009, p. 336)

Com relação à segurança do software proprietário pode-se dizer que o fato da não disponibilização do código fonte do software, faz com que, o software seja uma caixa preta. Ou seja, não dá para averiguar se é, ou não, realmente confiável […]. Uma das premissas da segurança diz que…

A segurança nunca deve ser baseada na obscuridade.

O fato de possuir código fonte aberto, permite que programadores do mundo todo olhem e procure por erros ou falhas e permite corrigi-las em curto espaço de tempo em relação ao sistema operacional Windows, para desktops e notebook. As chances de apresentar algum erro caem drasticamente, tornando o sistema mais seguro.

O exemplo do Debian.
“Outro ponto que vale ressaltar é o fato do código fonte do Debian estar disponibilizado gratuitamente para quem quiser, dessa maneira fica praticamente impossível a comunidade inserir alguma backdoor ou software malicioso no sistema, porque inúmeros programadores analisarão o código fonte e certamente o descobrirão, se ele existir. O sistema não é uma caixa-preta, não fere os princípios da segurança e nem faz uso da segurança baseada na obscuridade.” [AMAN, 2018]

Quantidade de malware e SO

O Linux é responsável por uma pequena parcela dos SOs utilizados pelo usuário, a quantidade de vírus existente é pequena quando comparado ao Windows, uma vez que os cibercriminosos escolherão fazer um vírus para um sistema operacional de maior uso pelos usuários domésticos. O GNU/Linux como SO para desktops e notebooks possui vírus, no entanto, em proporção bem menor que o Windows.

Debian (segurança-programas maliciosos): por se tratar de um SO livre para desktops e notebooks, podemos considerar o Debian menos vulnerável do que o sistema da Microsoft. Ele leva vantagem sobre o Windows, uma vez que este último possui grande quantidade de vírus _devido diariamente surgir novos programas maliciosos. Note que, em desktops e notebooks, a quantidade de usuários que utilizam o Windows é bem superior à quantidade de pessoas que utilizam o sistema Debian GNU/Linux, por isso os crakers preferem fazer vírus para o Windows.

O foco do desenvolvedor: é vender ou manter a segurança?

“Vale ressaltar ainda que dentro de uma empresa, o software pode ser a única forma de entrada de capital, dessa maneira há uma pressão sobre os programadores. O software precisa ser vendido e para isso nem sempre a segurança desse software é a preocupação principal da empresa.” [AMAN, 2018]

Quem controla o sistema? O desenvolvedor ou o usuário?

No Debian, assim como em outras distribuições, o usuário tem controle do sistema. O sistema está subordinado ao usuário, qualquer ação que o sistema executará, seja para instalar algum software ou atualizar o próprio Debian, o usuário deve conceder uma autorização. Já no Windows isso não ocorre.

Estabilidade

Por ex., “o [Linux] Debian está no mercado há 25 anos, logo nota-se que não é uma distribuição nova, pode-se dizer que alcançou certo nível de maturidade. Esse sistema operacional apresenta quatro versões, que são chamados de “releases”.”

“Outro problema que era muito comum há 15 anos, era o fato de que o usuário tinha que procurar os drivers e instalá-lo manualmente, o sistema não reconhecia vários hardwares, era um processo complicado, apenas quem tinha um conhecimento mais avançado sabia instalar os drivers e ainda assim não era fácil. Atualmente não é mais assim, o sistema já reconhece todo o hardware do computador e os drivers já vem embutidos no sistema, de maneira que o usuário final não precisa se preocupar com isso, apenas instala o sistema e começa a usar.” [AMAN, 2018]

Softwares: a variedade

“existem sim alguns programas que ainda não possuem uma versão alternativa para os usuários das distribuições livres, nesses casos não tem muito que fazer. Com relação aos jogos, o GNU/Linux não tem uma biblioteca variada como a do sistema Windows, mas possui sim alguns grandes nomes. Em se tratando de suítes de escritório, o GNU/Linux conta com o LibreOffice, uma alternativa frente ao MS Office, da Microsoft. O LibreOffice está em sua sexta versão e é uma excelente alternativa, compatível com todos os documentos originados do MS Office e possui todos os recursos que um usuário precisa ter. Quando falamos de editor de imagens, temos como alternativa o Gimp frente o Adobe Photoshop. O Gimp é um bom editor de imagens, tem bastante recursos, atende às necessidades de usuário normal, porém não é muito indicado para um usuário profissional. Se for analisar a parte multimídia, reprodução de áudio, vídeo, foto, gravação de disco e outras tarefas, o GNU/Linux faz o que qualquer outro sistema operacional faria, sem complicação.” [AMAN, 2018]

Mais pontos a considerar

Licença: grátis ou paga?

“O GNU/Linux é disponibilizado gratuitamente. O usuário não precisa pagar por uma licença para poder usar o sistema Debian GNU/Linux. A grande diferença desse sistema é que parte dos programadores que participam do projeto são voluntários. Esses programadores fazem isso porque gostam, não há uma motivação financeira, não é uma empresa que contrata funcionários, programadores, para que esses trabalhem em cima de um sistema operacional. [AMAN, 2018]

Marketing

Referindo-se a uma empresa…
“Há a questão do marketing, se gasta com propagandas a fim de despertar o interesse do usuário.” [AMAN, 2018]

Lentidão

“O sistema não fica lento com o passar do tempo, tem uma rápida inicialização, bom tempo de resposta e fluidez.”
“De acordo com o portal Software Livre mantido pelo Governo Federal (2012), a Procuradoria-Geral do Estado da Paraíba migrou todo seu parque computacional para o software livre. Segundo o gerente Guido Giuseppe, da Sub Gerência de Tecnologia da Informação, que foi emprestado à Procuradoria-Geral do Estado da Paraíba, afirmou que “[…] alguns usuários perceberam que computadores antigos acionados pelo sistema livre funcionava mais rápido do que os que eram acionados pelo sistema não-livre, com a mesma configuração de hardware, […]”. Mais um aspecto positivo desse sistema.”[AMAN, 2018]